Crônica: Um amor não correspondido
São cinco horas da manhã e perco
meu sono mais uma vez. O motivo, nem eu sei mais! Levanto, faço um café e vou
escrever uma crônica que preciso fazer para a aula não presencial de Português.
A água, na chaleira, começa a borbulhar. Desligo o fogo e espero ela esfriar um
pouco. Derramo a água sobre o pó de café e espero, sentado na cadeira, olhando
para a enorme escuridão que cobre a janela da cozinha lá fora e, como um flash
de luz, surge uma pergunta na minha cabeça: você já se sentiu tocado pelo
triste sentimento de amar e não ser amado?
Talvez essa seja uma pergunta que
não tenha uma única resposta, mas talvez exista uma resposta simples e sensata:
gostamos porque gostamos e simplesmente não temos um porquê. Às vezes, tentamos
de todas as formas conquistar o coração de alguém que só tem olhos para outra
pessoa. E sabe-se lá o motivo.
Concordando com o escritor Mario
de Andrade: amar é realmente um verbo intransitivo. Comparado com o verbo amar
que, gramaticalmente, precisa de complemento, o sentimento de amor surge no
íntimo de alguém, sem que obrigatoriamente essa pessoa seja correspondida.
Neste mesmo instante, lembro-me de
um sentimento que já não sentia fazia algum tempo. Isso aconteceu no último dia
do ano no qual perdi um grande companheiro, o meu cachorro. Sabe aquela
sensação de perda e vazio ao mesmo tempo? Era o que eu estava sentindo em plena
madrugada de uma noite de quinta-feira.
Acredito que esse sentimento de
amar alguém irá nos acompanhar por grande parte da nossa vida e cabe a nós
escolhermos de que maneira iremos levar esse sentimento conosco.
Sabe de uma coisa? Nos momentos
mais tristes é que nos tornamos mais fortes porque, com esses ocorridos,
aprendemos com nossos erros e mudamos nosso ser. Mas, voltando à questão do
amor não correspondido e do sentimento de vazio, no final das contas, eles
servem para mostrar algo que não conseguimos ver, nos mostram a verdade, porém,
ninguém no mundo gostaria de passar por situações como essas.
Sobre o Autor: Marcos Vinicius Sampaio Moreira tem 15 anos e é natural de Dourado/MS. Estuda no IFSC e faz o curso Técnico Integrado em Administração – 1º ano. – Aluno do Ms. Ricardo de Campos - Professor de Português do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico do Instituto Federal de Santa Catarina – Campus Caçador.
Crônica: A culpa não é do universo
Você acredita que tudo tem um porquê?
Bom, eu tento acreditar que cada coisa possui uma explicação. Se eu erro com
alguma coisa que aconteceu em minha vida, eu jogo a culpa no universo, porque
aquele era meu destino. Mas será que as coisas que acontecem já faziam parte da
minha história?
Essas são perguntas que jamais
poderão ser respondidas. Mas de uma coisa podemos ter certeza: nós mesmos
podemos escrever a história que queremos. Isso se lutarmos e fizermos acontecer
porque o destino não vai dar tudo de maneira tão fácil assim para você.
Eu acredito que o destino seja
pistas que o universo nos deixa como, por exemplo, as pessoas que conhecemos. O
universo coloca e tira pessoas de nossas vidas e talvez seja para aprendermos
com elas partes de nossas vidas. O universo também nos dá novas chances, cada
dia uma chance nova para recomeçar.
Claro, muitas vezes, ignoramos ou
desistimos dessas pistas que o universo nos deixa por nossas próprias escolhas
e, se nada dá certo para você, não é o universo conspirando contra, é apenas a
sua pessoa conspirando contra você mesmo.
Então, se
você é uma dessas pessoas que espera tudo do universo, sinto em lhe informar
que nada cai do céu de mãos beijadas. Faça acontecer! Lute por suas metas,
acorde de seus sonhos e os torne realidade!
Sobre a Autora: Amanda Letícia Farias tem 15 anos e é natural de Lajes/SC. Estuda no IFSC e faz o curso Técnico Integrado em Administração – 1º ano. – Aluna do Ms. Ricardo de Campos - Professor de Português do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico do Instituto Federal de Santa Catarina – Campus Caçador.
Crônica: O mar e a lua
Hoje é só mais uma daquelas noites de luar em que eu fico admirada olhando para o céu. O tempo está passando bem devagar como se tudo fosse em câmera lenta e essa, com certeza, é a melhor sensação que eu já tive.
E foi olhando para esse céu completamente perfeito
que fiquei pensando sobre o sol, a lua e o mar. Podemos dizer que seria uma
linda história de amor, uma metáfora ou poderia até ser um filme, mas é apenas
fruto da minha imaginação.
Como todos sabem, muitas pessoas querem achar o seu
amor verdadeiro ou a pessoa que as completam, mas nem sempre acham ou pensam
que não. Já eu quero só que as pessoas aprendam a se valorizar mais e é aí que
entra o sol, o mar e a lua. Você já vai entender.
O mar e a lua sempre se amaram e, muito antes do
surgimento da humanidade, eles fizeram de tudo para ficarem juntos, ou o mar
fez. Acho que o que ele sentia era mais forte. Já a lua, dona da bela luz de
luar, parecia não o amar com a mesma intensidade.
E o mar tentava chegar mais perto dela, mas ela era
intocável. Numa certa madrugada, quase amanhecendo, ele decidiu se aproximar
dela. Ao chegar ao topo da montanha mais alta por meio de um gigantesco
tsunami, o mar se deparou com a lua admirada com o sol. Acho que aí, e só aí,
ele percebeu que o que ela sentia por ele era apenas uma amizade enquanto quem
a lua realmente amava era o sol. O mar rapidamente baixou e, desde então, foi
condenado a ver o sol e a lua se encontrando ao amanhecer e ao entardecer.
O sol o machuca, já que o toca e o faz evaporar. O
mar se destrói, e logo deixa de existir, até chegar os dias de chuva nos quais
ele se recupera um pouco. Mas, em cada lugar do mundo existe uma parte dele que
chora ao saber que jamais será amado pela lua.
Dessa fábula de minha imaginação, posso concluir que as pessoas ficam tentando o impossível e são orgulhosas demais. em vez de olhar em volta e ver que tem alguém lutando por elas. E é aí que volto a pensar o resto da noite olhando para aquele céu com a lua e estrelas enquanto mil pensamentos e possibilidades passam pela minha cabeça.
Sobre
a Autora: Paula Dandara
Torrezan tem 14 anos e é natural de Caçador. Estuda no IFSC e faz o curso
Técnico Integrado em Administração – 1º ano. – Aluna do Ms. Ricardo de Campos -
Professor de Português do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico do Instituto
Federal de Santa Catarina – Campus Caçador.