sábado, 29 de agosto de 2020

As crônicas mais votadas da turma do curso Técnico Integrado em Administração - 2020!!

 

Crônica: Um amor não correspondido

São cinco horas da manhã e perco meu sono mais uma vez. O motivo, nem eu sei mais! Levanto, faço um café e vou escrever uma crônica que preciso fazer para a aula não presencial de Português. A água, na chaleira, começa a borbulhar. Desligo o fogo e espero ela esfriar um pouco. Derramo a água sobre o pó de café e espero, sentado na cadeira, olhando para a enorme escuridão que cobre a janela da cozinha lá fora e, como um flash de luz, surge uma pergunta na minha cabeça: você já se sentiu tocado pelo triste sentimento de amar e não ser amado?

Talvez essa seja uma pergunta que não tenha uma única resposta, mas talvez exista uma resposta simples e sensata: gostamos porque gostamos e simplesmente não temos um porquê. Às vezes, tentamos de todas as formas conquistar o coração de alguém que só tem olhos para outra pessoa. E sabe-se lá o motivo.

Concordando com o escritor Mario de Andrade: amar é realmente um verbo intransitivo. Comparado com o verbo amar que, gramaticalmente, precisa de complemento, o sentimento de amor surge no íntimo de alguém, sem que obrigatoriamente essa pessoa seja correspondida.

Neste mesmo instante, lembro-me de um sentimento que já não sentia fazia algum tempo. Isso aconteceu no último dia do ano no qual perdi um grande companheiro, o meu cachorro. Sabe aquela sensação de perda e vazio ao mesmo tempo? Era o que eu estava sentindo em plena madrugada de uma noite de quinta-feira.

Acredito que esse sentimento de amar alguém irá nos acompanhar por grande parte da nossa vida e cabe a nós escolhermos de que maneira iremos levar esse sentimento conosco.

Sabe de uma coisa? Nos momentos mais tristes é que nos tornamos mais fortes porque, com esses ocorridos, aprendemos com nossos erros e mudamos nosso ser. Mas, voltando à questão do amor não correspondido e do sentimento de vazio, no final das contas, eles servem para mostrar algo que não conseguimos ver, nos mostram a verdade, porém, ninguém no mundo gostaria de passar por situações como essas.

Sobre o Autor: Marcos Vinicius Sampaio Moreira tem 15 anos e é natural de Dourado/MS. Estuda no IFSC e faz o curso Técnico Integrado em Administração – 1º ano. – Aluno do Ms. Ricardo de Campos - Professor de Português do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico do Instituto Federal de Santa Catarina – Campus Caçador.


Crônica: A culpa não é do universo

Você acredita que tudo tem um porquê? Bom, eu tento acreditar que cada coisa possui uma explicação. Se eu erro com alguma coisa que aconteceu em minha vida, eu jogo a culpa no universo, porque aquele era meu destino. Mas será que as coisas que acontecem já faziam parte da minha história?

Essas são perguntas que jamais poderão ser respondidas. Mas de uma coisa podemos ter certeza: nós mesmos podemos escrever a história que queremos. Isso se lutarmos e fizermos acontecer porque o destino não vai dar tudo de maneira tão fácil assim para você.

Eu acredito que o destino seja pistas que o universo nos deixa como, por exemplo, as pessoas que conhecemos. O universo coloca e tira pessoas de nossas vidas e talvez seja para aprendermos com elas partes de nossas vidas. O universo também nos dá novas chances, cada dia uma chance nova para recomeçar.

Claro, muitas vezes, ignoramos ou desistimos dessas pistas que o universo nos deixa por nossas próprias escolhas e, se nada dá certo para você, não é o universo conspirando contra, é apenas a sua pessoa conspirando contra você mesmo.

Então, se você é uma dessas pessoas que espera tudo do universo, sinto em lhe informar que nada cai do céu de mãos beijadas. Faça acontecer! Lute por suas metas, acorde de seus sonhos e os torne realidade!

Sobre a Autora: Amanda Letícia Farias tem 15 anos e é natural de Lajes/SC. Estuda no IFSC e faz o curso Técnico Integrado em Administração – 1º ano. – Aluna do Ms. Ricardo de Campos - Professor de Português do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico do Instituto Federal de Santa Catarina – Campus Caçador.


Crônica: O mar e a lua

 Hoje é só mais uma daquelas noites de luar em que eu fico admirada olhando para o céu. O tempo está passando bem devagar como se tudo fosse em câmera lenta e essa, com certeza, é a melhor sensação que eu já tive.

E foi olhando para esse céu completamente perfeito que fiquei pensando sobre o sol, a lua e o mar. Podemos dizer que seria uma linda história de amor, uma metáfora ou poderia até ser um filme, mas é apenas fruto da minha imaginação.

Como todos sabem, muitas pessoas querem achar o seu amor verdadeiro ou a pessoa que as completam, mas nem sempre acham ou pensam que não. Já eu quero só que as pessoas aprendam a se valorizar mais e é aí que entra o sol, o mar e a lua. Você já vai entender.

O mar e a lua sempre se amaram e, muito antes do surgimento da humanidade, eles fizeram de tudo para ficarem juntos, ou o mar fez. Acho que o que ele sentia era mais forte. Já a lua, dona da bela luz de luar, parecia não o amar com a mesma intensidade.

E o mar tentava chegar mais perto dela, mas ela era intocável. Numa certa madrugada, quase amanhecendo, ele decidiu se aproximar dela. Ao chegar ao topo da montanha mais alta por meio de um gigantesco tsunami, o mar se deparou com a lua admirada com o sol. Acho que aí, e só aí, ele percebeu que o que ela sentia por ele era apenas uma amizade enquanto quem a lua realmente amava era o sol. O mar rapidamente baixou e, desde então, foi condenado a ver o sol e a lua se encontrando ao amanhecer e ao entardecer.

O sol o machuca, já que o toca e o faz evaporar. O mar se destrói, e logo deixa de existir, até chegar os dias de chuva nos quais ele se recupera um pouco. Mas, em cada lugar do mundo existe uma parte dele que chora ao saber que jamais será amado pela lua.

Dessa fábula de minha imaginação, posso concluir que as pessoas ficam tentando o impossível e são orgulhosas demais. em vez de olhar em volta e ver que tem alguém lutando por elas. E é aí que volto a pensar o resto da noite olhando para aquele céu com a lua e estrelas enquanto mil pensamentos e possibilidades passam pela minha cabeça.

Sobre a Autora: Paula Dandara Torrezan tem 14 anos e é natural de Caçador. Estuda no IFSC e faz o curso Técnico Integrado em Administração – 1º ano. – Aluna do Ms. Ricardo de Campos - Professor de Português do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico do Instituto Federal de Santa Catarina – Campus Caçador. 

sexta-feira, 22 de novembro de 2019

Livro - Histórias da Imaginação - contos de suspense e mistério


Este livro é resultado de um projeto de produção textual chamado ‘Histórias da Imaginação – contos de suspense e mistério’, idealizado e proposto pelo professor de Português Ricardo de Campos e desenvolvido nas turmas do primeiro ano dos cursos técnicos integrados em Administração e Plásticos do IFSC – campus Caçador. Teve também textos coletivos da turma do terceiro ano do integrado em Administração que participou via atividade gramatical. O objetivo principal do projeto foi desenvolver nos alunos as suas habilidades de escrita e leitura. Para isto, foi escolhido o gênero textual “contos de suspense e mistério” por não serem longos e cativarem a maioria dos jovens.   Tais narrativas costumam também exigir de seus autores uma boa dose de criatividade para gerar um desfecho, na maioria das vezes, inusitado e surpreendente aos leitores. 

https://drive.google.com/open?id=14tmsHBsa3BZGR1pFYFPOTvQWNvGzg_U0 

quarta-feira, 18 de setembro de 2019

segunda-feira, 24 de junho de 2019

Crônica - Érika Ariadny de Oliveira Mariano


 MUDANÇAS


       Uma garota muito alegre e extrovertida tinha vários amigos em sua escola, onde havia estudado por sete anos de sua vida. Nessa escola, ela também fez diversas coisas boas, mas, é claro, junto de seus amigos. O ano de 2018 seria o seu ultimo ano na escola. 
       Mesmo sabendo disso, a garota aproveitou o máximo com seus amigos. Foram ao cinema, passearam no parque e até mesmo fizeram diversas viagens. Chegou o final do ano e ela, com toda a tristeza do mundo, teve que se despedir de seus amigos. Foi um dos piores dias de sua vida, pois ela iria mudar de escola. 
       As férias se passaram e seu primeiro dia na nova escola chegou. O céu estava nublado, as ruas estavam vazias, e seu coração continuava chorando. Com toda essa distância dos amigos, a garota soube que ocorreriam muitas mudanças.         
     Mas a mudança faz parte da vida, nada é para sempre, exceto a própria mudança. Talvez tudo isso seja uma oportunidade que ela teve para se tornar alguém melhor ou, talvez, não consiga superar tantas coisas novas e se torne uma garota fria e sem amigos. Bem, isso só o futuro dirá.

Instituto Federal de Santa Catarina – campus Caçador
Curso Técnico Integrado em Administração - 1º ano

Crônica - Giulia Angeli



QUANDO ESTOU LÁ

      Os dias passam tão devagar. São cansativos. É um sacrifício acordar e começar a fazer as mesmas coisas. Todos os dias, carregando dentro de mim os meus sentimentos sem conseguir pôr em palavras o que está acontecendo. Mas, quando estou lá, tudo muda. O tempo passa rápido mesmo eu não querendo. Quando eu estou dançando, coloco tudo o que eu estou sentindo nos movimentos. Consigo me desligar de meus problemas, obrigações e questionamentos. Lá, é onde eu tenho o meu momento. Não tem mais ninguém além de mim. Não escuto mais nada a não ser a música. O mundo para e sinto como se só eu estivesse naquele local.
           A melhor sensação do mundo é no momento em que estou lá, no palco. O nervosismo de quando estou na coxia, o suor frio, o coração acelerado, o sentimento de medo misturado com alegria. É tudo muito louco! E o mais estranho de tudo é que, ao entrar no palco, eu não sinto mais nada, nem medo, alegria, vergonha… Mais nada se passa na minha cabeça. Não vejo mais ninguém. Sinto que não controlo mais meus membros. Deixo a música penetrar em meu corpo e controlar os meus movimentos. O mundo para e tudo acontece tão rápido que, ao me dar conta, o público já está aplaudindo. O sentimento que nasce dentro de mim quando o espetáculo acaba faz tudo valer a pena.
           Eu me realizo com a dança. É ela que me motiva a acordar e viver mais um dia. Ela cura minhas dores internas, preenche os vazios que existem dentro de mim. Ela é tudo para mim. Assim como outras se pessoas realizam com o canto, o esporte ou o teatro, minha felicidade é quando estou lá.
Instituto Federal de Santa Catarina – campus Caçador
Curso Técnico Integrado em Administração - 1º ano

quinta-feira, 20 de junho de 2019

Crônica - Caroline Sodré Branco


CAMINHOS QUEBRADOS

       Às vezes, a vida é muito inesperada, não é? Fazemos planos, tudo como queremos, traçamos um caminho perfeito e bonito como se não houvessem obstáculos e contratempos.
Acabei desenhando um futuro incrível para minha vida: morar sozinha, trabalhar, ajudar minha mãe e meu pai. Mas e quem não quer isso? Meu pai sempre fala para não planejarmos nada, pois, às vezes, nada dá certo e nos decepcionamos. Ah, e como ele está certo!
Depois que meu caminho se desviou, tenho tentado atravessar uma parede de concreto seco. E isto começou quando minha mãe morreu, o que  mudou tudo.
     O caminho dela já acabou, isso quebrou o caminho de muitos e o meu, pela sua morte inesperada. Faz seis meses que ela se foi. Sinto falta de escutarmos música, e irmos ao mercado juntas, ela falando para eu colocar um calçado ou blusa para não ficar doente. Até mesmo das nossas poucas brigas. Apesar disso, ela nunca me abandonou, e ainda está comigo. Espero um dia nos encontrarmos de novo.


Instituto Federal de Santa Catarina – campus Caçador
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